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Grizzlies sobrevive; Bulls assume a liderança

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Vocês perceberam como a disputa entre Miami Heat e Milwaukee Bucks está sendo completamente ignorada pelas TVs? Não só no Brasil, mas nos EUA, os jogos do atual campeão da liga estão sendo jogados nos piores horários e não passam em rede nacional na TNT ou ESPN. Desrespeito? Não, acho que é excesso de respeito. Todo mundo quer assistir às séries mais disputadas e esse time do Heat é tão bom, tão bom, que ninguém crê na mínima chance de um jogo realmente disputado contra o Bucks.

Ontem o time dos veadinhos até que tentou, fez bom primeiro tempo e chegou a liderar o jogo, mas alguém realmente acreditou? A defesa do Miami Heat deu mais uma aula na noite de ontem e bastou que o time esquentasse um pouco no ataque para que disparasse na frente. Curiosamente ontem o ataque subiu de nível quando Ray Allen, Udonis Haslem e, veja só, Chris Andersen entraram em quadra. Allen quebrou o recorde histórico de número de bolas de 3 na carreira em Playoffs, Andersen fez muitas cestas em cortes para a cesta, recebendo ótimos passes e logo a diferença beirou os 20.

Mas impressionante mesmo foi a defesa. Nessas horas que eu queria acesso a vídeos e um bom computador para editá-los. A defesa do Miami Heat na noite de ontem merecia ser analisada jogada a jogada, desde as inúmeras dobras na marcação sobre Monta Ellis ou Brandon Jennings ainda longe da cesta, até toda a recuperação para que essa dobra não significasse alguém livre, terminando em todos se fechando no garrafão quando alguém tentava atacar a cesta. Coisa linda, coisa de time entrosado, treinado e com jogadores capacitados em todas as posições.

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Em Chicago, o Bulls conseguiu vencer de novo e assumiu a liderança sobre o Brooklyn Nets. O resultado foi até surpreendente se você lembrar daquele Jogo 1, quando o Nets fez seu melhor jogo na temporada e destroçou o Bulls. Ontem o time de Tom Thibodeau fez um excelente 3º período para abrir mais de 10 pontos de frente e carregar a vitória dali.

Mas se no Jogo 2 o Bulls tinha atacado feio e dependido muito de seus reservas, ontem a movimentação de bola foi mais fluida e as estrelas do time apareceram para jogar. Não significa que o placar ou o aproveitamento foram altos, claro, mas nossos olhos doeram menos. Carlos Boozer foi espetacular com 22 pontos e 16 rebotes, Luol Deng conseguiu 21 pontos e 10 rebotes e juntos eles conseguiram suprir o péssimo aproveitamento de 3/15 bolas de 3 pontos. O Bulls marcar só 79 num jogo não é tão surreal, é o jeito e as limitações deles, mas segurar o Nets a 76 foi fora de série.

Pelo Nets, mais uma vez Deron Williams foi empacado pela defesa exemplar de Kirk Hinrich e pela cobertura de garrafão perfeita de Joakim Noah. Sem ele para criar jogadas, o Nets  ficou claramente mais limitado e dependendo dos arremessos de longa distância, que novamente não caíram: 5/21 nas bolas de 3 pontos. A pior delas foi na última jogada, quando o Nets heroicamente se recuperou no jogo, cortou a diferença para 3 pontos no minuto final e teve a bola do empate nas mãos de CJ Watson, que deu um airball. Gosto de quando uma defesa dobra a marcação no melhor arremessado adversário (no caso, Joe Johnon) e obriga ele a passar a bola. Melhor Watson arremessando sem marcação do que JJ no mano a mano.

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No último jogo da noite, o Memphis Grizzlies tinha que vencer o Los Angeles Clippers para não ficar num buraco de 3-0, e eles conseguiram com uma atuação espetacular da dupla Zach Randolph e Marc Gasol, que tinha sido discreta nos jogos de Los Angeles. O nosso gordinho favorito, Randolph, teve 27 pontos e 11 rebotes, 6 deles ofensivos. Gasol fez 16 e pegou 8 rebotes, além da defesa que o fez merecer o prêmio de melhor defensor da temporada .

Foram 3 as chaves para essa vitória do Grizzlies: (1) Seguraram Chris Paul a míseros 8 pontos, 4 assistências e, preparem-se, 5 turnovers! Fui pesquisar e descobri que nessa temporada foi apenas a segunda vez que Paul teve mais desperdícios de bola que assistências, a outra vez foi numa derrota para o Dallas Mavericks quando ele deu 5 assistências e cometeu 7 turnovers.  Na temporada passada, sua primeira pelo Clippers, também só aconteceu uma vez. É coisa rara, mermão. (2) Rebotes ofensivos, o Grizzlies pegou 17 rebotes de ataque contra apenas 5 do Clippers! O ataque do Grizzlies não é tudo isso e é nessas bolas, os Z-bounds, que eles fizeram o maior estrago. (3) Quincy Pondexter, o ala veio do banco, marcou quase todos seus 13 pontos na etapa final e fez bolas importantíssimas todas as vezes que o Clippers ameaçava cortar a vantagem para menos de 5 pontos.

Segurar Chris Paul é o mais difícil de se repetir entre esses feitos. Mike Conley defendeu bem demais ontem, mas até aí já vimos Chris Paul superar defesas espetaculares outras vezes.  De qualquer forma a defesa do pick-and-roll foi muito bem feita e pode dar resultados em outros jogos. O que eles não podem se dar ao luxo de não repetir, especialmente nos jogos em casa, são os rebotes de ataque. É dentro do garrafão que esse time funciona e sem isso não tem chance contra o Clippers ou mesmo qualquer outro time.

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